terça-feira, 12 de junho de 2012

Libertando-se do Inferno do Crack, droga do Crack







Por: Wilma Rejane


O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 em bairros pobres de Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O baixo preço da droga e a possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso. Aos jovens atraídos pelo custo da droga juntaram-se usuários de cocaína injetável, que viram no crack uma opção com efeitos igualmente intensos, porém sem risco de contaminação pelo vírus da Aids, que se tornou epidemia na época.No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo.


O vicio no crack tem destruído vidas de forma rápida e  cruel. Como uma droga altamente viciante pode ter se tornado fácil e barata de adquirir, provocando verdadeiro caos social? Através dessa mistura de acessibilididade e conveniência, essa droga tornou-se a escolhida de muitos. Também a que mais dor, perda e sofrimento causa.Não é fácil para um viciado em crack retomar o controle de sua vida, mas é possível. O problema é que nem todos estão preparados para lidar com as causas e consequências do uso da droga, é o que afirma a psiquiatra Thereza Aquino:

“Calcula-se que hoje pelo menos 1, 2 milhão de pessoas usem crack no Brasil. A maioria jovens. A gente não está falando de usuários de uma droga. A gente está falando de uma geração. Acho que estamos despreparados. Estamos de calças curtas. A gente não sabe como lidar com isso”.Maria Thereza Aquino é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e durante 25 anos dirigiu o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad).


Efeitos do crack no organismo

Das vias aéreas até o cérebro, a fumaça tóxica do crack causa um impacto devastador no organismo. As principais consequências físicas do consumo da droga incluem doenças pulmonares e cardíacas, sintomas digestivos e alterações na produção e captação de neurotransmissores. Veja no infográfico quais são os efeitos agudos e crônicos do uso da droga.


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